Existem inúmero métodos de ocultação de informação. A criptografia corresponde ao quinhão mais "lite" da tecnologia. Digo isto considerando que quando uma mensagem cifrada chega as minhas mãos eu imediatamente percebo a ilegibilidade desta. De fato, elas correspondem ao original, completamente ilegível.
O grande problema talvez seja o fato de que se esta informa que esta codificada pode ser alguma coisa muito importante ou não, mas só saberemos se conseguirmos decifrá-la. Mas uma coisa é certa, quem a escreveu não esperava passar despercebido, ele de fato pretendia passar completamente exposto, porém só o destinatário teria a chave que abriria a mensagem, dessa forma não haveria problema naquela "salada de caracteres" serem ou não de acesso público.
Isto pode soar estranho mas, mesmo tendo a posse da mensagem esta será completamente
segura até que se consiga a forma como recuperar as informações originais. Colocando isto em uma escala de tempo, vamos à alguns exemplos de dificuldade de informação.
-
· O hieróglifo - escrita dos antigo egípcios - foi decodificada recentemente (século XIX)
-
A escrita dos antigos Maias ainda permanece praticamente indecifrada
-
Sânscrito Antigo ainda não está completamente compreendido e são muito poucos os especialistas que conseguem ler alguma coisa desta língua
Cerca de dois anos atrás li alguma coisa a respeito de um diário deixado por um alto oficial, relatando sobre os últimos momentos de sua tropa totalmente codificado e que havia sido decifrado apenas recentemente. Esse relato foi publicado na Revista Seleções do Reader's Digest em português.
De fato, em épocas de guerra sistemas de codificação são bastante comuns.
O exemplo mais elementar de criptografia é a brincadeira Zenit Polar. Colamos uma sobre a outra:
ZENIT
POLAR
Observando o texto que desejamos codificar, consultamos letra após letra e as convertemos pela respectiva, tanto de uma linha quanto da outra. Àquelas inexistentes são mantidas. Por exemplo, a palavra Luiz é composta por
L, U, I e
Z. Olhando a tabela, substituímos:
L por
N
U mantém
I por
A
Z por
P
|
E dessa forma
LUIZ se transforma em
NUAP. Podemos aplicar este princípio á qualquer texto. Por exemplo:
"Maria tinha dois
carneirinhos." Se transformaria em:
"Mitai ralhi deas
cirloatalhes."
Observe que a recuperação da informação original se faz repetindo o processo a partir da frase codificada.
Observe também que a frase codificada, mesmo ilegível sugere ao leitor desta que pode ou deve existir uma tradução desta. Portanto podemos afirmar que não existe a ocultação.
Quando tratamos de esteganografia o processo já é diferente, pois o mesmo pode ter até o mesmo princípio porém ele é anexado á objetos dificultando a sua observação. Por exemplo: cores.
Normal |
Complementar |
Aqui temos um exemplo onde existem 4 cores tons de azul e proporção de 256 cores para padrão
GIF. Coloquei junto sua cor complementar para que você veja que, embora não pareça, são 4 cores distintas. Veja o tamanho de cada bloco (junto e separado) e veja que as cores complementares servem para provar que seus olhos não sabem distinguir direito sequer um padrão de 256 cores, mas..., e se utilizarmos um padrão de 16 milhões de cores? Imagine a gama de tons azuis...
Além disso, esse bloco tem um "pedaço" enorme de pixel azul. Lembrando que um pixel é o menor ponto de cor da figura, cada bloco de azul é composto de algumas centenas de
pixel, e lembre-se que eu poderia utilizar cada pixel para guardar uma informação associando cada pixel á um caractere. Em outras palavras, todos os símbolos conhecidos poderiam ser anexados, cada um, á um tom de azul, e existem tantos tons de azul, que aos nossos olhos seriam a mesma coisa, porém podem trazer qualquer informação agregada.
Sucesso a todos.
Boa Reflexão
|