Caríssimos:
Algumas vezes fico pensando que estou em um
mundo ao qual pareço não pertencer. Não é porque eu seja melhor que
meus semelhantes, mas porque, pelo meu prisma, sinto profundamente pelos
meus semelhantes desfavorecidos coisa que a maioria de nós parece não
se importar - é problema do governo. Não é fácil você observar
tantas coisas que, com um simples modo de pensar mais justo, já
tornaria as coisas mais fáceis.
Leis foram sendo criadas á medida que se tornava necessário criar
regras para que todos nós soubéssemos que existe pelo menos um modo,
considerado por todos, como o certo. Mas, a cada lei criada, sobre ela
mesma é recriada uma "forma" de tratá-la, onde transgredi-la
não é crime. Qualquer advogado faz isso. Daí como pensar o que é
"realmente certo".
Será que você já parou para pensar, pelo menos uma vez, que a
diferença entre o certo e o errado está na cultura e na educação que
constrói uma sociedade. As primeiras leis que se conhece e as quais a
maioria de nós deveria se lembrar, são os 10 mandamentos recebidos por
Moisés. Será que ali já não tem o suficiente para vivermos em paz?
Só por curiosidade, uma das coisas que Jesus Cristo atacava com
tenacidade era o fato do povo Judeu ter criado tantas leis com a idéia
de manter a paz e a ordem, que em um certo momento eles não mais sabiam
que era o certo e o errado sem consultar um especialista, tal como os
doutores da lei.
E eu pergunto, como devo proceder se não sei se meu procedimento é
legal? E olhe que isso ocorreu há 2.000 anos atrás. Eis alguns
exemplos Mt 12,8-13; Mc 2,23-27.
Um fato que recentemente ouvi me fez refletir sobre a validade das leis:
O povo Judeu não podia sequer se locomover durante o sábado, dia do
Senhor, salvo uma curta distância. E conta-se que o povo para burlar
essa lei caminhava até um vizinho dentro do limite, quando à partir
dali "zerava" o contador de distância.
Não sei se é lenda ou não, mas não deixa de descrever uma forma de,
sabendo a lei, burla-la.
Veja só isto: Uma vez "dentro" da lei não tenho porque me
preocupar. "Pago" meus impostos (que por sua vez, o governo
encontra uma "maneira" de administrá-lo), respeito as leis de
trânsito, não ofendo a moral e os bons costumes - ou ao menos não
deixo ninguém ver (tal como faça o que eu digo mas não faça o que eu
faço). Vou à Igreja aos domingos, comungo, pago meu dízimo em dia.
Enfim, sou um bom cristão e conseqüentemente tenho direito à um lugar
no paraíso.
Tal como há 2.000 anos atrás, cumprindo todas as leis eu ganho o
direito da vida eterna no paraíso, é claro.
No entanto, olhe à sua volta e veja se todos se ajudam, se nem mesmo
quem pede ajuda é honesto ao pedi-la, veja se todos os detentores do
poder econômico ajudam proporcionalmente (Cf. Mt 12,41-44), veja se
prevalece o nós sobre o eu. É realmente isso que você vê?
Responda, será que é tão difícil ser justo, ser correto não só na
lei mas nos fatos, no trato com as pessoas ?
Sem os excessos, na época de Jesus (Cf. Mt 19,16-26) onde o jovem
desejava a salvação e Jesus lhe ofereceu atitudes à tomar as quais
ele se intimidou - provavelmente pelo apego ao dinheiro. Claro, dar tudo
que possuímos não é uma atitude cristã apenas, é uma atitude
santificada, muito difícil para nós pobres mortais, mas o outro lado,
o do apego excessivo ao bem material talvez constitua um pecado mais
mortal do que o primeiro.
Não devemos viver pelo dinheiro, mas com o dinheiro. A Igreja Católica
afirma aos seus fiéis que não constitui crime o acumulo de riqueza,
mas o apego exacerbado ao mesmo - Veja a parábola do Rico em Lc
12,16-21.
Então eu digo, olhem seus irmãos menos favorecidos, seus semelhantes
que sofrem frio, fome, desespero, abandono. E pensem no que tem feito
por todos eles. Não importa o quanto, mas sempre. Meça o quanto é
difícil.
Só assim viveremos o verdadeiro Espírito de Natal que acima de tudo
representa a presença viva de Deus entre nós.
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E, principalmente estaremos iniciando com chave
de ouro o verdadeiro novo milênio.
Quando chega a época do Natal, eu olho para
o presépio e vendo toda a nobreza com que Jesus é cercado pelos Reis
Magos. O carinho e atenção com que esses homens nos representam.
Então penso que se pudéssemos por alguns momentos nos desligarmos de
todos os valores do mundo e nos concentrarmos na luz que cerca Jesus ao
menos os honraríamos com o mesmo sentimento desprendido de materialismo
que os levou a tão longa jornada apenas para saudar o Rei dos Reis.
Que Deus nos encha de amor e esperança para o ano que vem despontando e
que todos os lares se voltem à Deus e ao olhar no céu noturno do Natal
não vejam somente Papai Noel mas a estrela que nos apontou Jesus
Cristo.
Assista ao filme "O quarto Rei Mago" que tenho certeza
transmitirá o verdadeiro espírito de Natal.
Por isso, eu e minha família desejamos à
vocês um Feliz Natal e Ano Novo muito Próspero.
© Prof. Engº Luiz
Antonio Vargas Pinto
Decidi não retirar esse texto, porque
ele é um protesto. Solitário, mas um protesto á
crueldade humana.
24 - 03 - 2000
KOSOVO
Mulheres de Kosovo dão à luz a bebês gerados em abuso
sexual de sérvios
BONN. Um ano depois
de iniciados os 78 dias de bombardeios da Otan em Kosovo,
completado hoje, a vida de milhares de fugitivos está
longe de voltar ao normal. Dos 900 mil kosovares
albaneses que deixaram suas casas, 70 mil continuam longe
delas. Sobretudo mulheres sofrem os traumas da guerra e
da violência sexual praticada pelos sérvios. Isabela
Stock, da organização Medica Mondiale, de Colônia, na
Alemanha, conta que pelo menos cem bebês nascidos em
Pristina e nas redondezas foram abandonados pelas mães
por terem sido gerados em estupros.
A organização abriu um centro de terapia em Gjakove,
Kosovo, onde trata 650 mulheres que são duplamente
vítimas da guerra. Além de terem perdido casa, marido e
de serem marcadas pela violência sexual, são punidas
pelo puritanismo e patriarcalismo de suas famílias
muçulmanas. Mamara, de 17 anos, vive no centro, acaba de
ter um bebê e não tem para onde ir.
- Muitas mulheres se suicidam por não encontrarem uma
saída para sua situação - diz Isabela, depois de
voltar de uma viagem aos centros de terapia da Medica Mondiale.
Com o marido, Iso, e
a filha de 4 anos, Teuta fugiu de Pristina para a
Alemanha pouco depois do inicio dos bombardeios da Otan.
Há quatro meses teve mais uma menina, Rida, filha de um
desconhecido sérvio, gerada em um dos estupros de que
foi vítima nas três semanas que passou numa prisão
sérvia. Os quatro vivem em Berlim, num quarto cedido
pela Prefeitura, mas em breve serão obrigados a deixar a
cidade. Com o fim da guerra, os fugitivos perderam o
direito de ficar na Alemanha. A mulher que admite ter
sido vítima de estupro é abandonada pelo marido e até
pelos pais.
Fonte:
O Globo
Não deixemos nosso
foco espiritual centrar na questão do "aborto"
ou do "abandono" mas no "estupro", uma das atitudes
"humanas" mais cruéis que podem ser cometidas.
É uma desgraça que, no limiar do
século XXI, ainda existam "homens" que pensem
e ajam desta forma.
Boa leitura e
que Deus o abençoe. E se sentir vontade de dizer algo, envie sua opinião ou
comentários. Creia.. eles serão bem-vindos.
Reflita
sobre isso.

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