Vírus de computador e Segurança de dados

Página atualizada em 25/12/2013

Falando em ocultar...

Existem inúmero métodos de ocultação de informação. A criptografia corresponde ao quinhão mais "lite" da tecnologia. Digo isto considerando que quando uma mensagem cifrada chega as minhas mãos eu imediatamente percebo a ilegibilidade desta. De fato, elas correspondem ao original, completamente ilegível.
    O grande problema talvez seja o fato de que se esta informa que esta codificada pode ser alguma coisa muito importante ou não, mas só saberemos se conseguirmos decifrá-la. Mas uma coisa é certa, quem a escreveu não esperava passar despercebido, ele de fato pretendia passar completamente exposto, porém só o destinatário teria a chave que abriria a mensagem, dessa forma não haveria problema naquela "salada de caracteres" serem ou não de acesso público.
    Isto pode soar estranho mas, mesmo tendo a posse da mensagem esta será completamente  segura até que se consiga a forma como recuperar as informações originais. Colocando isto em uma escala de tempo, vamos à alguns exemplos de dificuldade de informação.

  • · O hieróglifo - escrita dos antigo egípcios - foi decodificada recentemente (século XIX)

  • A escrita dos antigos Maias ainda permanece praticamente indecifrada

  • Sânscrito Antigo ainda não está completamente compreendido e são muito poucos os especialistas que conseguem ler alguma coisa desta língua

  Cerca de dois anos atrás li alguma coisa a respeito de um diário deixado por um alto oficial, relatando sobre os últimos momentos de sua tropa totalmente codificado e que havia sido decifrado apenas recentemente.   Esse relato foi publicado na Revista Seleções do Reader's Digest em português.  De fato, em épocas de guerra sistemas de codificação são bastante comuns.
  O exemplo mais elementar de criptografia é a brincadeira Zenit Polar. Colamos uma sobre a outra:

       ZENIT
       POLAR


   Observando o texto que desejamos codificar, consultamos letra após letra e as convertemos pela respectiva, tanto de uma linha quanto da outra. Àquelas inexistentes são mantidas. Por exemplo, a palavra Luiz é composta por
L, U, I e Z. Olhando a tabela, substituímos:

L por N
U mantém
I por A
Z por P

 

E dessa forma LUIZ se transforma em NUAP. Podemos aplicar este princípio á qualquer texto. Por exemplo: "Maria tinha dois carneirinhos." Se transformaria em: "Mitai ralhi deas cirloatalhes." 
    Observe que a recuperação da informação original se faz repetindo o processo a partir da frase codificada.
Observe também que a frase codificada, mesmo ilegível sugere ao leitor desta que pode ou deve existir uma tradução desta. Portanto podemos afirmar que não existe a ocultação.

    Quando tratamos de esteganografia o processo já é diferente, pois o mesmo pode ter até o mesmo princípio porém ele é anexado á objetos dificultando a sua observação. Por exemplo: cores.

  

Normal

Complementar

    Aqui temos um exemplo onde existem 4 cores tons de azul e proporção de 256 cores para padrão GIF. Coloquei junto sua cor complementar para que você veja que, embora não pareça, são 4 cores distintas. Veja o tamanho de cada bloco (junto e separado) e veja que as cores complementares servem para provar que seus olhos não sabem distinguir direito sequer um padrão de 256 cores, mas..., e se utilizarmos um padrão de 16 milhões de cores? Imagine a gama de tons azuis...
    Além disso, esse bloco tem um "pedaço" enorme de pixel azul. Lembrando que um pixel é o menor ponto de cor da figura, cada bloco de azul é composto de algumas centenas de pixel, e lembre-se que eu poderia utilizar cada pixel para guardar uma informação associando cada pixel á um caractere. Em outras palavras, todos os símbolos conhecidos poderiam ser anexados, cada um, á um tom de azul, e existem tantos tons de azul, que aos nossos olhos seriam a mesma coisa, porém podem trazer qualquer informação agregada.

Sucesso a todos.

Boa Reflexão


Analise, tire suas conclusões e faça seus comentários.
Abraços e até a próxima.

Me escreva contando fatos e fazendo perguntas. Sempre estarei, dentro do possível, respondendo dúvidas e aconselhando no que for possível.