página apresentada em 26/04/2000

A música de fundo se chama "Ninguém te ama como eu" e é uma das músicas que mais gosto

A Páscoa de Cristo, a nossa Páscoa

No sentido primeiro da palavra, Páscoa significa "passagem". Conhecemos duas Páscoas: a judaica e a cristã. Vejamos então:

Depois de muitos séculos, milhares de anos, os judeus comemoram a Páscoa, segundo suas tradições e religião: comem pão sem fermento e ervas amargas, apressadamente, para rememorar a libertação do povo das garras do faraó do Egito, sob o comando de Moisés e a proteção de Deus (Ex 12,1-11). Viviam e ainda vivem intensamente a Páscoa, mas é pena que não aceitam a Páscoa de Cristo; ou seja, os judeus tem muito fervor mas o foco da Páscoa é incompleto em relação a nossa fé. Para nós, cristãos, a Páscoa tomou novo sentido com Jesus Cristo: ele nos deu a plena liberdade, vencendo a morte –fruto do pecado- dando-nos a possibilidade de ressuscitar um dia, assim como Deus O ressuscitou dos mortos, três dias após sua morte. Estamos com o foco certo - a nossa Páscoa é a Páscoa de Jesus Cristo. mas com que intensidade comemoramos essa grandiosa festa cristã?

Com certeza, o Natal é muito mais alardeado na nossa sociedade que a Páscoa. O Natal trouxe, através da Virgem Maria e do Espírito Santo (Lc 1,26-35), Jesus feito homem em nosso meio, igual a nós em tudo, menos no pecado (Hb 4,15). Mas, se Ele não se dispusesse a viver a vontade do Pai - ser a Luz que a Deus conduz (Jo 8,12) e aceitado enfrentar o sofrimento horrível e a morte humilhante numa cruz, para depois ressuscitar, de muito pouco valería-nos o Natal. Já dizia São Paulo: "... se Jesus não ressuscitou, em vão é a nossa fé!" (II Cor 15,12-14).

Então, dá para perceber que a Páscoa é a festa mais importante do calendário cristão. E é essa importância que precisamos difundir e viver em nosso meio. Quem fez uma boa preparação espiritual na Quaresma, está apto para saborear a "Páscoa". Saborear com ovos de chocolate e colombas pascais? Pode até ser. Mas sobretudo, é agradecendo e rezando com a comunidade, com os familiares e amigos, que vamos melhor saborear a paz alcançada, a vitória sobre os nossos pecados obtida com a observância da Quaresma, o dom da vida - e vida eterna na graça de Deus!

Os judeus tiveram a libertação física, livrando-se da escravidão do Egito; e para esse povo até então sem território, Deus havia prometido uma terra. E como ficaram felizes e comemoram até hoje esse grande feito de Deus!

Mas Jesus vai mais além: Ele liberta do pecado todo aquele que o aceita e se confessa pecador e necessitado do seu Amor; e nos promete a vida eterna. Reparem na grandeza da Páscoa de Cristo! Por vezes acho que é tanta coisa boa e maravilhosa que não merecemos, e, infelizmente, não damos o devido valor à sua promessa. Gente, vivamos a Páscoa de Cristo, a nossa Páscoa, com muita, muita intensidade e fé, imitando o fervor do povo judeu. Assim, a nossa alegria pascal será radiante e contagiante. E esta festa dura os cinqüenta dias do Tempo Pascal. Seria arrogância colocarmo-nos no lugar da Luz, mas bem que pudemos ser espelhos refletivos da luz divina, para indicar o caminho àqueles que andam nas trevas do pecado ou que estão "cegos" pelo brilho e sedução efêmeros das coisas terrenas - isso me lembra Isaías 9,1 (leia, vale a pena). Aí será grande a nossa alegria, pois no banquete pascal de Cristo não há limitação de mesas, e todos são convidados!

ã Alexandre Moltocaro

Caríssimos:

Mas... a Páscoa já passou. Porque continuar a falar dela? E para quem?

Não é tão difícil compreender. No final da Páscoa, as lojas "queimam" o estoque. Porque? Por que não querem perder o "dinheiro" empatado no empreendimento.

Da mesma forma, agora que todos os fogos já apagaram, a tendência normal das pessoas é voltar ao rítmo alucinante do dia-a-dia e aquilo que pregamos tão entusiasticamente cair em desuso. Então passamos a "queimar nossos cartuchos" tão cuidadosamente guardados na esperança de alcançar aqueles, que distantes de Deus Pai, "perderam" a festa por não ter "dinheiro" (diga SEM MEIOS DE ALCANÇAR O PERDÃO) e que em meios as "queimas" buscam entre os restos da festa a verdadeira Páscoa do Cristo Ressurreto sem saber onde começar.

Então eu digo: Venha aqui, e leia o que é o sentido da Páscoa. Para muitos, ela já se foi e agora é tempo de novas buscas. Porém, se você ainda não achou seu tempo Pascal, ei-lo aqui, com Cristo o tempo todo de braços abertos a nos oferecer o aconchego de seu infinito amor. Ele está mais vivo do que nunca e o tempo Pascal não é passageiro. Cristo Jesus veio para sempre. Mais que isso, sempre e indistintamente nos convida à vida no paraíso...

Lc 23,42-43 Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.

Acredite.

Não quiz retirar esse texto desta vez, em protesto á crueldade humana.

24 - 03 - 2000
KOSOVO
Mulheres de Kosovo dão à luz a bebês gerados em abuso sexual de sérvios

BONN. Um ano depois de iniciados os 78 dias de bombardeios da Otan em Kosovo, completado hoje, a vida de milhares de fugitivos está longe de voltar ao normal. Dos 900 mil kosovares albaneses que deixaram suas casas, 70 mil continuam longe delas. Sobretudo mulheres sofrem os traumas da guerra e da violência sexual praticada pelos sérvios. Isabela Stock, da organização Medica Mondiale, de Colônia, na Alemanha, conta que pelo menos cem bebês nascidos em Pristina e nas redondezas foram abandonados pelas mães por terem sido gerados em estupros.
A organização abriu um centro de terapia em Gjakove, Kosovo, onde trata 650 mulheres que são duplamente vítimas da guerra. Além de terem perdido casa, marido e de serem marcadas pela violência sexual, são punidas pelo puritanismo e patriarcalismo de suas famílias muçulmanas. Mamara, de 17 anos, vive no centro, acaba de ter um bebê e não tem para onde ir.
- Muitas mulheres se suicidam por não encontrarem uma saída para sua situação - diz Isabela, depois de voltar de uma viagem aos centros de terapia da Medica Mondiale.

Com o marido, Iso, e a filha de 4 anos, Teuta fugiu de Pristina para a Alemanha pouco depois do inicio dos bombardeios da Otan. Há quatro meses teve mais uma menina, Rida, filha de um desconhecido sérvio, gerada em um dos estupros de que foi vítima nas três semanas que passou numa prisão sérvia. Os quatro vivem em Berlim, num quarto cedido pela Prefeitura, mas em breve serão obrigados a deixar a cidade. Com o fim da guerra, os fugitivos perderam o direito de ficar na Alemanha. A mulher que admite ter sido vítima de estupro é abandonada pelo marido e até pelos pais.
Fonte: O Globo

Não deixemos nosso foco espiritual centrar na questão do "aborto" ou do "abandono" mas no "estupro", uma das atitudes "humanas" mais cruéis que podem ser cometidas. É uma desgraça que, no limiar do século XXI, ainda existam "homens" que pensem e ajam desta forma.

Faça bom proveito, que Deus o abençoe. E se sentir vontade de dizer algo, clique aqui para enviar sua opinião ou comentários. Creia, eles serão benvindos.

Reflita sobre isso.