Teologia

Página atualizada em 11/09/2013

Aos meus Mestres

Está tocando a música "Ninguém te ama como eu" e é uma das músicas que mais gosto, ajuste o volume.

Não sei quantos de vocês ainda estão vivos. Criado como a massa da sociedade, não me recordo de haver me importado com esses fatos.

Vocês.  Cada um de vocês, sem exceção, mudou minha vida.

  Muitos se lembram apenas do carinho, da delicadeza e da ternura de algumas professoras.  Afinal, éramos novos demais para ler no brilho dos olhos o sentimento que exala da alma.

    Não sou capaz de lembrar com detalhes o olhar afetuoso de alguns Mestres porque já se passaram muitos, muitos anos.  Quase já os tenho como incontáveis. Mas tenho a consciência da participação destes em minha vida.  Ao me ouvirem, ao me falarem, ao me alertarem, ao me repreenderem, ao me punirem.

    O professor não é, e não pode ser apenas mais um profissional em exercício.  É sacerdócio, ultrapassando os limites da identidade humana, chegando a alma.
    Nem todos os professores serão Mestres.  Alguns vencidos pelo poder do dinheiro; outros, pelo simples "poder"; outros ainda apenas pela necessidade de reconhecimento como "professor" - isso ainda é status.

  Eles mudaram profundamente minha existência.  Tanto fizeram, que há 28 anos ministro aulas.

  Já me taxaram de velho, conservador, duro, mau-educado, incompetente, oposto da definição de educador, etc..

  Mas não é o fato do mundo ter mudado que faz com que a educação mude.  Apesar dos tempos, ainda temos que mostrar que são necessários valores justos, como o respeito, a hierarquia, os mais velhos e os semelhantes.  Afinal, nossa sociedade em sua grande maioria tem religião, fé. Mas será que você já pensou que muitos de nós, mal sabem o nome dos quatro Evanvelistas ?  Mal sabem os 10 mandamentos ?

Que "raio" de fé é esta ?

Em que "raio" de lugar este "homem de fé" aprendeu sua religião ?

Será que isto também é culpa dos professores das Igrejas ?

Quem define os limites que cada homem deve tomar como sua responsabilidade ?

Em meu tempo, com o professor Etevaldo Faria Queiróz, aprendi que "a minha liberdade termina onde começa a liberdade do próximo" e nunca me esqueci disso.

    Responsabilidade ?   Meus pais me ensinaram fortemente a compreender o conceito de responsabilidade.  Sempre assumi minhas responsabilidades e sempre respondi com penalidades pelos meus erros. Pago pelos meus erros.
    Foi assim que meus professores me educaram e nunca me esqueci.
    Talvez a sociedade prefira o educador suave, que aceita todos os defeitos e incapacidades de qualquer um de seus alunos.  O professor "gente boa"; que talvez não ensine tudo que devia mas que agrada a todos e não traduz nada para o futuro, mas que sempre será lembrado como o "cara legal"; e aquele que faz o que deve ser feito: o "carrasco" a ser esquecido.
    Não. Eu não me acho velho e nem tampouco conservador, duro, mau-educado, diferente de educador e incompetente apenas por impor valores que acredito que jamais deveriam ter sido deixados de lado, sem o excesso que é outro dos grandes males do mundo.  Porque ser 8 ou 800 ?  O meio termo é o diplomata da vida. 

  Será que você que está lendo ainda beija seus pais, pede-lhes as bênçãos ou simplesmente os abraça de vez em quando, assim a toa, sem motivo aparente ?
    Ou será que você apenas se envergonha deles ?

Claro, nesta sociedade isso é uma demonstração de fraqueza, e ... você não é, não pode ser fraco.

  Também não devemos nos esquecer que os médicos, dentistas, advogados, engenheiros, professores, cientistas do futuro são essas pessoas, que hoje ainda não se dispõem a se comprometer com o que fazem.

  Neste exato momento olho meu monitor e vejo passar em meus olhos tudo que aprendi de bom com todas essas pessoas que cruzaram minha vida.  Não há preço que pague a educação que recebi... até dos mais duros.

A vocês meus verdadeiros Mestres, a minha singela homenagem de quem jamais os esqueceu, verdadeiramente.

    O professor sempre está errado

Quando...

É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um "Caxias".
Precisa faltar, é "turista"

Conversa com outros professores, está "malhando" os alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama à atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado. 

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, "deu mole".

É, o professor está sempre errado mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Obrigado a todos vocês.
    Se ninguém costuma lembrar-se de vocês, lembrem-se... eu lembro... sempre.

© Prof. Vargas

Boa reflexão


Decidi não retirar o texto a seguir porque ele é um protesto.  Solitário, mas meu protesto á crueldade humana.

24 - 03 - 2000
KOSOVO
Mulheres de Kosovo dão à luz a bebês gerados em abuso sexual de sérvios

BONN. Um ano depois de iniciados os 78 dias de bombardeios da Otan em Kosovo, completado hoje, a vida de milhares de fugitivos está longe de voltar ao normal. Dos 900 mil kosovares albaneses que deixaram suas casas, 70 mil continuam longe delas. Sobretudo mulheres sofrem os traumas da guerra e da violência sexual praticada pelos sérvios. Isabela Stock, da organização Medica Mondiale, de Colônia, na Alemanha, conta que pelo menos cem bebês nascidos em Pristina e nas redondezas foram abandonados pelas mães por terem sido gerados em estupros.
A organização abriu um centro de terapia em Gjakove, Kosovo, onde trata 650 mulheres que são duplamente vítimas da guerra. Além de terem perdido casa, marido e de serem marcadas pela violência sexual, são punidas pelo puritanismo e patriarcalismo de suas famílias muçulmanas. Mamara, de 17 anos, vive no centro, acaba de ter um bebê e não tem para onde ir.
- Muitas mulheres se suicidam por não encontrarem uma saída para sua situação - diz Isabela, depois de voltar de uma viagem aos centros de terapia da Medica Mondiale.
      Com o marido, Iso, e a filha de 4 anos, Teuta fugiu de Pristina para a Alemanha pouco depois do inicio dos bombardeios da Otan. Há quatro meses teve mais uma menina, Rida, filha de um desconhecido sérvio, gerada em um dos estupros de que foi vítima nas três semanas que passou numa prisão sérvia. Os quatro vivem em Berlim, num quarto cedido pela Prefeitura, mas em breve serão obrigados a deixar a cidade. Com o fim da guerra, os fugitivos perderam o direito de ficar na Alemanha. A mulher que admite ter sido vítima de estupro é abandonada pelo marido e até pelos pais.

Fonte: O Globo

Não deixemos nosso foco espiritual centrar na questão do "aborto" ou do "abandono" mas no "estupro", uma das atitudes "humanas" mais cruéis que podem ser cometidas. É uma desgraça que, no limiar do século XXI, ainda existam "homens" que pensem e ajam desta forma.


Boa leitura e que Deus o abençoe. E se sentir vontade de dizer algo, envie sua opinião ou comentários. Creia ! Eles serão bem-vindos !

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