Vírus de Computador e Segurança de Dados

página apresentada em 15/08/2000

Continuamos ainda a questionar o mundo "Underground" prosseguindo com um texto que expressa a ação contínua no mundo atual.

Muito se fala sobre o vírus I Love You.  É tanto que nem vale a pena, neste momento falar mais ainda sobre ele, para isto, basta que você consulte qualquer provedor. Hoje vamos falar então sobre os precursores do I Love You, os comandos usados pelos:

Vírus De Macro

    Recentemente, vem se espalhando uma nova espécie de vírus, que hoje já corresponde a mais de 50% do total de infecções. São os famosos "vírus de macro". Eu recebi ontem mesmo um arquivo do Word contaminado com um "vírus de macro". E quem o enviou foi um amigo de Internet. Tenho certeza de ele não mandou o arquivo com maus propósitos -- pelo contrário, é uma vitima destes vírus tanto quanto eu. Prá mim já é uma rotina. De cada dez arquivos de Word que recebo, um está contaminado.     Aliás, é bem provável que seu computador já tenha um vírus de macro agora. Só que você ainda não percebeu, ou o deixou ficar quieto. 
    Mas afinal de contas, o que e macro? Macro é uma série de rotinas personalizadas para serem feitas automaticamente no Word, ou no Excel, ou qualquer outro programa que suporte VBA (Visual Basic for Applications, a linguagem usada nas macros). Os vírus de macro mais comuns são os do Word, por ser o programa mais difundido. Você pode criar uma macro para acrescentar um cabeçalho automaticamente assim que você clica num botão da barra de ferramentas, ou para abrir o Painel de Controle apenas com uma combinação de teclas, ou ainda para retirar todas as cedilhas, acentos etc. de um texto. A macro e quase um programa, interno a outro programa. O vírus de macro é um vírus feito na linguagem das macros, para funcionar dentro do programa ao qual esta ligado. Ao abrir um documento de Word (DOC) infectado com um vírus de macro, o vírus e ativado, gravando sobre o arquivo NORMAL.DOT (modelo geral dos arquivos do Word) e criando macros que substituem boa parte dos comandos normais do Word.
   A partir dai, quando você estiver usando o Word, você vai começar a verificar sintomas os mais diversos, dependendo do vírus que você tem. Se você verificar algum dos abaixo relacionados, provavelmente seu computador já esta infectado:

  1. Quando você tenta salvar um arquivo, ele salva com a extensão DOT em vez de DOC;

  2. Todos os arquivos do Word são salvos assim que você o fecha, como DOC1.DOC, ou DOC2.DOC, e assim por diante, sem sequer perguntar se quer salvá-lo ou não;

  3. Uma mensagenzinha fica correndo pelo rodapé da janela do Word;

  4. Palavras ficam aparecendo sem você digita-las e imediatamente se apagam;

  5. A impressora trava sem explicação;

  6. O computador fica "trabalhando" (ampulheta) sem que você peça qualquer coisa;

  7. Retira dos menus todas as menções a macro, de forma que você fica impedido de manipular as macros para retirar o vírus;

  8. Todas as macros personalizadas que você tenha criado antes são perdidas (esta é a pior seqüela).

       Uma vez infectado o arquivo NORMAL.DOT, todos os outros arquivos que forem abertos no Word a partir de então serão infectados. Se você enviar um arquivo infectado para alguém, por disquete ou e-mail, ele pode infectar o computador do destinatário, se ele o receber e o abrir no Word, e o ciclo recomeça. Os vírus de macro não estão escondidos na forma de um arquivo executável (EXE, COM, DLL), mas em um inocente documento do Word (DOC) ou numa planilha do Excel (XLS). Trata-se de uma verdadeira revolução dos vírus. E ai esta a causa da facilidade com que eles se propagam.
    As macros se transformaram em verdadeiras armas postas à disposição de quem quer fazer um vírus. Ninguém imagina que um texto que a namorada escreveu ou uma planilha que um colega de trabalho mandou possa estar infectado. E a pessoa que lhe enviou o arquivo com o vírus pode nem saber (e geralmente não sabe) da infecção...       Ainda assim, e bom frisar: mesmo os vírus de macro só infectam seu micro se você abrir o arquivo que o contem. não basta receber o arquivo infectado, seja por que meio for: e necessário abri-lo para que o vírus seja ativado.

 
Perdoem a minha falha mas não anotei a origem deste artigo. Se o autor a reconhecer pode entrar em contato.  Obrigado pela sua brilhante contribuição

Meus comentários


Caros amigos, esta é a nova fatia do momento e os criadores de vírus estão fazendo a festa. 

Em 1986, durante o desenvolvimento de um sistema, eu trabalhava na confecção de uma interface Homem-máquina, e tive a feliz (ou infeliz, tanto faz) oportunidade de observar que existe uma relação íntima entre as facilidades que o programa oferece ao usuário e os problemas que isto causa devido às "milhares" de probabilidade de comando que o usuário pode vir a fazer.

A Microsoft pecou ao dar tanta liberdade ao usuário. Isto provavelmente enxertou uma infinidade de probabilidades de problemas no sistema e que tecnicamente chamamos "BUG".

Para eles pode ser apenas um bug mas para nós, pobres usuários, é o mesmo que enfrentar os leões na arena de Roma - morte certa.

Afinal, usuário é apenas usuário.  Pergunte a sua secretária de ele já ouviu falar de VBA ou VBS.  Sugira a ela empregar uma Macro programada e editada no Word para selecionar dados em um banco de dados.

Entretanto, os hackers, sedentos de novas vítimas se aventuram nesse clima inóspito e além deles, os "lamers" inexperientes.  Todos criando rotinas de programação que, entre aspas, deveriam auxiliar o usuário.

Talvez para quem não seja da área e não compreenda o informatiquêz é impossível que um "mero editor de texto" como o Word possa ser tão "vivo" e destrutivo, afinal são só letras e desenhos.

Fica aqui a pergunta para nosso próximo encontro: "Você sabe realmente o que é a diferença entre um editor de texto e um editorador de texto"?  Os nomes são similares, mas os efeitos diferentes e até desastrosos.

 

Boa Reflexão

Analise, tire suas conclusões e faça seus comentários.
Abraços e até a próxima.

Me escreva contando fatos e fazendo perguntas. Sempre estarei, dentro do possível, respondendo dúvidas e aconselhando no que for possível.